quinta-feira, 31 de março de 2011

O que é Andragogia?

Professor Edson Carvalho

Por Thaiza Murray

Você sabe o que é? A palavra vem do grego:

Andros = adulto agogos = educar

Então andragogia nada mais é do que a ciência de compreender, orientar ou ensinar o adulto a aprender. Segundo Bellan (2005,p.20) “a andragogia é a ciência que estuda como os adultos aprendem”.

De acordo com Malcolm Knowles, a andragogia é a arte e a ciência de ajudar o adulto a aprender, ao contrário da Pedagogia, responsável pelo ensino de crianças e adolescentes. No entanto, a pedagogia ajuda no desenvolvimento da andragogia.

As crianças não têm experiência de vida, então eles aprendem tudo que ensinam. Já o adolescente, costuma questionar alguns ensinamentos. O adulto traz consigo uma bagagem de vida. Quando aprendem algo novo, costuma relacionar com sua experiência diária. Diferente da criança e do adolescente, o adulto se volta com mais interesse ao aprendizado pela consciência de que necessita do conhecimento, que lhes faz falta. É fácil o professor perceber o interesse do aluno adulto quando está aprendendo a ler e a escrever.

A andragogia estuda também um método de ensino para a educação de adultos. O educador precisa conhecer bem essa ciência educacional para assim, saber adptar o modelo de ensino de forma mais didática dentro da realidade do adulto a fim de facilitar o aprendizado.

Nunca ensinei para adultos, mas tenho certeza que deve ser compensador. Segundo o professor Edson Carvalho, do Programa de Educação de Jovens e Adultos - Proeja, do Governo Federal, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, os adultos são mais interessados. "A satisfação maior é ver o interesse do aluno adulto em aprender, aquela ansiedade do novo, de recuperar o tempo que perdeu. Tudo se torna novidade para eles. E isso é compensador!", diz. No entanto, o maior desafio para um educador de adulto é a dificuldade no aprendizado, explica o professor Edson. "A dificuldade do adulto na educação está na interpretação do texto, pois não existe um conteúdo específico para a educação de adultos. Procuro buscar textos que sejam possíveis adaptar à realidade deles, textos que os remetam ao dia a dia, referências ligadas à realidade que eles vivem para que assim, haja uma identificação", explica.

O educador Edson criou a Oficina da Palavra, onde busca a interação entre o professor e o aluno como forma de facilitar a aprendizagem. "O primeiro passo é quebrar a distância que existe e assim, criar um ambiente de confiança, para que haja segurança do aluno em aprender. Pois alguns ficam com vergonha de perguntar, mas na verdade, nós, professores, aprendemos mais com eles. Aprendemos a lidar com a educação de adultos. E aprendemos a adaptar um texto à realidade deles.É verdadeira, uma arte, ensinar adultos", afirma.

Ao conversar com o professor Edson, pude perceber seu envolvimento com a educação e, principalmente, quando o assunto é educação de jovens e adultos. Quando ele se refere à dificuldade do adulto aprender, ao mesmo tempo, ele mostra a solução. E isso é andragogia, não só você ensinar o adulto, mas compreender, reinventar, criar métodos didáticos de ensino para ensinar e facilitar a educação de adultos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O Japão em alerta

 A crise nuclear no Japão pode ser comparada a Chernobyl

  
Por Elkia Carminati

No último dia 11 de março, o Japão sofreu um grande terremoto que ocasionou a formação de um Tsunami com cerca de 10 metros de altura. O que provocou o desaparecimento de algumas cidades litorâneas da região nordeste do Japão e em consequência houve a explosão da usina nuclear de Fukushima.

Com a explosão do terceiro reator de hidrogênio, em Fukushima Daiichi, o nível de alerta aumenta consideravelmente, podendo mudar de 4 para 6, um nível abaixo do maior acidente nuclear da catástrofe de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

Chernobyl, é hoje um museu histórico do maior acidente nuclear já visto na história. Os níveis de radiação são altos até os dias de hoje. A cidade foi deixada desde a década de 80 e nunca mais foi habitada. Em alguns lugares é impossível existir vida.

Explosões nucleares sempre geram expectativas em relação a sobrevida das pessoas que vivem nas proximidades dessas usinas. Doenças como leucemia, câncer entre outras anomalias são comuns em países que sofreram tais danos. Por isso os técnicos responsáveis são rígidos em relação a segurança dessas usinas, pois o vazamento desses produtos radioativos são letais.

O porta-voz do governo Japonês, Yukio Edano, confirmou que a explosão afetou a piscina de condensação que é responsável pelo resfriamento do tanque. Esta piscina tem a função de evitar o vazamento de radiação em casos de acidente. A empresa Tokyo Electric Power Company (Tepco), adotou os procedimentos de evacuar os funcionários, pois, segundo Edano, existe a possibilidade de derretimentos dos reatores 1,2 e 3.

Segundo informações da Agência de Segurança Industrial e Nuclear do Japão, as primeiras amostragens mostram que os níveis de radiação quadruplicaram em 40 minutos e chegam a 8,217 microsieverts que é oito vezes maior que a permitida.

Para tentar evitar uma catástrofe ainda maior, o Japão pediu ajuda ao governo dos Estados Unidos. Uma das providencias adotadas foi anunciar a distribuição de 230 mil tabletes de iodo, usados em casos de exposição à radiação em um raio de 20 quilômetros do local do acidente.

Resultado da tragédia

  • 2 mil mortos contabilizados até o momento;
  • Milhares de pessoas desaparecidas e desabrigadas;
  • Não há luz e nem transporte público;
  • Os sistemas de comunicação estão funcionando de forma precária;

quinta-feira, 10 de março de 2011

Em busca do paraíso editorial

Imagem meramente ilustrativa retirada do Google Imagens

Por Laiz Marinho

Há algum tempo mídia divulgou a proposta de um grupo de 19 parlamentares da Islândia que tem o objetivo de tornar o país um paraíso livre para o jornalismo e a internet. Mas, como diz o ditado, para se chegar ao paraíso é preciso antes passar pelo purgatório. No caso, o inferno de um país quebrado em apenas alguns dias como vítima da crise financeira de 2008.

Essa nação de pequeno porte (mais ou menos do tamanho de Santa Catarina), com uma população menor que a do Distrito Federal e com melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo, até os anos 90 sempre foi marginalizada pelas grandes potências europeias.

Um lugar sem nenhum atrativo, digamos assim, frio, sem atrações turísticas como castelos, catedrais (coisas que na região europeia atraem grandes quantidades de turistas) e paraísos ecológicos, já que quase toda a área natural foi destruída. Até a década de 90 a única renda do país era o pescado, e toda a economia praticamente estatizada.
 
O país então abriu as portas para o neoliberalismo e, em poucos anos, se transformou em um paraíso fiscal. Foram aventureiros, porém demais. O dinheiro foi chegando e trazendo diferença. O povo islandês se sentiu próspero. Mas aí, a crise apareceu e foi um balde de água fria. Estampado em todos os jornais do planeta, a Islândia era o primeiro país no mundo a declarar que tinha quebrado por conta da crise, ou seja, uma vergonha mundial. Do ápice ao declínio em um período muito curto.

Agora, depois do choque e de todas essas histórias, o país que virar a página, mais uma vez: de paraíso fiscal para editorial. A proposta ainda não foi posta em prática, porém pelo que se vê o ânimo tomou a vida das pessoas que ali moram e de jornalistas do mundo inteiro. A medida é inteligente e favorece o jornalismo que diversas vezes foi podado por leis que oprimem a liberdade de imprensa e também os investimentos em massa de conglomerados midiáticos que poderão surgir e tirar a Islândia novamente da sarjeta.

Para construir a proposta foram analisadas leis de liberdade de imprensa em vários países e dessa mescla surgiu a ideia. No caso, será criado um banco de dados de documentos secretos ou anônimos. As fontes de matérias jornalísticas também serão protegidas pela lei. A Islândia também vai criar O Prêmio Islandês para a Liberdade de expressão, que contemplará os atos corajosos de liberdade de expressão.
 
Existem também os contras dessa proposta. Nós somos jornalistas e o nosso sonho é um lugar como esse para não sofrermos mais com tiranias. Mas qual é o limite da liberdade de expressão? Talvez, muitas coisas erradas apareçam. Se existe abuso de poder de autoridades, pode acontecer da mídia querer fazer o quiser também. Essa é uma questão a se pensar.

Mesmo assim, temos que ficar de pé e parabenizar a Islândia. Essa medida é a cara do novo século, além de ser criativa e inovadora. Enquanto o Brasil só pensa em tampar buracos e construir viadutos, os islandeses estão olhando para o futuro. Bem que o país do Pré-Sal poderia seguir o exemplo e começar também a pensar em seu lugar nesse novo mundo.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Violência contra mulheres

 
Imagem meramente ilustrativa retirada do Google Imagens

Por Sirleynaya Christiam 
adaptado por Elkia Carminati

A violência é um termo de múltiplos significados, e vem sendo utilizado para nomear desde as formas mais cruéis de tortura até as formas mais sutis da violência que têm lugar no cotidiano da vida social, na família, assim como em outros meios de nossa sociedade.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas os especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido.
 
As Nações Unidas definem violência contra a mulher como: "Qualquer ato de violência baseado na diferença de gênero, que resulte em sofrimentos e danos físicos, sexuais e psicológicos da mulher; inclusive ameças de tais atos, coerção e privação da liberdade seja na vida pública ou privada".
 
As relações violentas, já que podemos chamar assim, existem desde os primórdios da humanidade, isto é, não é fruto do modo de produção vigente. Ainda que não desconsideramos que, a medida que as relações sociais vão se complexificando sob a égide do capitalismo, algumas facetas da violência tendem a se aprofundar.
 
Existem muitas formas de violência contra a mulher, dentre elas a violência psicológica, a física e a sexual.
 
A violência física é toda ação que produz dano à integridade física da pessoa: tapas, murros, empurrões, pontapés, puxões de cabelo, chicotadas, arranhões, mordeduras; provocar queimaduras; arrancar a roupa, amarrar, arrastar e deixar em lugares desconhecidos; atacar com armas brancas (dar facadas, usar porretes) ou armas de fogo (pistolas, revólveres); tentar afogar a vítima; obrigá-la a ingerir drogas ou medicamentos; recusar-se a cuidar e proteger alguém de situações de perigo ou danos evitáveis, entre outras.
 
Já a violência Sexual é toda ação na qual uma pessoa por meio da força, ameaças, intimidação e mesmo sedução, obriga outra a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, da qual o agressor tenta obter gratificação, tais como carícias não desejadas, comportamento indecente, exibicionismo e masturbação forçada; sexo forçado, realizar à força penetração oral, vaginal ou anal com pênis ou objetos; estupros; impedir o uso de anticoncepcionais; obrigar a parceira a fazer sexo com outras pessoas, entre outras.
 
No caso da violência psicológica é a ação ou omissão que causa ou visa causar dano emocional e diminuição da auto-estima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar, controlar as ações da pessoa, seus comportamentos, crenças e decisões. Inclui: ameaças, constrangimento, insultos constantes, humilhação, ser ridicularizada e colocada de lado, receber críticas e comentários maldosos, chantagem, isolamento de amigos e familiares, referências preconceituosas a determinadas condições da pessoa, exploração, negligência, impedir a pessoa de sair de casa ou de sair sozinha.
 
A cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil, segundo pesquisa divulgada, pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Sesc. A situação era pior há dez anos, quando oito mulheres eram espancadas no mesmo intervalo de tempo.
 
A Lei Maria da Penha e as Politicas de erradicação de violencia contra mulher vem intimidando as continuas agressoes, visto que o reconhecimento e o respeito irrestrito de todos os direitos da mulher são condições indispensáveis para seu desenvolvimento individual e para a criação de uma sociedade mais justa, solidária e pacífica;
 
Com a finalidade de exercer a proteção da mulher, existe a Central de Atendimento à Mulher, o telefone é o 180, o qual funciona 24 horas por dia, de segunda à domingo, inclusive feriados. A ligação é gratuita e o atendimento é de âmbito nacional. Essa Central funciona com atendentes capacitadas em questões de gênero, nas políticas do Governo Federal para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência contra a mulher e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres vitimas de violência.
 
Ainda assim, existe a Delegacia de Defesa da Mulher, que recebe todas as queixas de violência contra as mulheres, investigando e punindo os agressores. Como em toda a Polícia Civil, o registro das ocorrências, ou seja, a queixa é feita através de um Boletim de Ocorrência, que é um documento essencialmente informativo, todas as informações sobre o ocorrido visam instruir a autoridade policial, qual a tipicidade penal e como proceder nas investigações.
 
O grave problema da violência contra a mulher pode e deve ser considerado como uma questão de saúde pública, além de uma violação explícita dos direitos humanos, o qual deve ser banido de nossa sociedade, visando um pais livre da violência Faça a sua parte. Denuncie caso você perceba que seus direitos estão sendo violados e não aceite ser mais uma vitima.
 
8 de Marco - Dia Internacional da Mulher
 
Com a Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, as mulheres passaram a fazer parte dos trabalhos nas indústrias. Mas as condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Protestos ocorreram em diversas cidades como: Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913). Mas o incendio na fabrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras.O real motivo do incendio seria as mas condicoes do edificio. 


  •  Em 1975 a ONU aprovou como o Ano Internacional da Mulher;
  • Em dezembro de 1977 o Dia Internacional da Mulher foi adotad pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais,  políticas e económicas das mulheres.



Fonte: Wikipedia