segunda-feira, 2 de maio de 2011

Os dilemas dos deputados governistas

Foto meramente ilustrativa retirada do Google Imagens

Por Odir Ribeiro

Para quem pensa que a vida de um deputado distrital governista é fácil, está muito enganado. Nas próximas linhas vou mostrar que não é bem assim, os inúmeros pedidos de empregos e engolir sapos faz parte do seu dia-a-dia.

Mas, têm seus sabores isso é inquestionável. Como diz o sábio à função tem seus dissabores, mas, não deixa de vir acompanhada dos seus sabores, com essa redundância mesmo.

 Pontos Positivos

O sujeito vira centro de todas as atenções. Os jornalistas o assediam para as principais entrevistas.
  
As mulheres que sempre o acharam um ogro, mais feio que o Sherek, já mudam a concepção sobre a sua pessoa e começam a encará-lo como um príncipe de conto de fadas.

 Aquele dono de restaurante, que antes dele ser deputado, temia sua presença com medo da pendura. Hoje já o enxerga com outros olhos, pensando na possibilidade de empregar seu filho em alguma secretaria.  Devido a esse fato a boca livre rola solta.  

  Aquele líder comunitário que o via como um adversário feroz- começa a rever seus conceitos políticos- na esperança de conseguir um cargo em uma administração regional (de preferência DF-12) da qual o deputado é padrinho

Quando não vira um poderoso secretário do governo, indica alguém de sua confiança. Isso lhe garante bom status político.

 Se for solteiro um bom casamento ao estilo conto de fadas é garantido.

 Aprovar projetos de seu interesse é mais rápido que conexão de internet banda larga.

Pode comparar empresários donos de jornais- com dono de loja de sapatos- que ninguém fala nada de sua pessoa.

Pontos Negativos

Seu gabinete só vive cheio de “cabos eleitorais” pedindo emprego no governo.
Aquela pessoa que o parlamentar nunca viu na vida, diz insistentemente que o conhece. O pior de tudo menciona seu apelido de infância, que o deputado detesta na frente de todos.

O mais dramático de tudo que ele diz ser seu amigo de infância. Portanto, ele exige que arrume um bom emprego no governo.

 Até quando vai ao banheiro, aquele assessor capachão o acompanha.

Quando está tomando aquela cervejinha gelada com os amigos. A escalação para pagar a conta dos seus 70 amigos, que estão sentados à mesa é mais que certa. Detalhe: têm alguns desses “amigos” que o deputado nunca viu na vida.

 Quando há crise no governo o deputado governista serve de interlocutor. Seu celular não para de tocar por causa de jornalistas ensandecidos. Eles querem explicações referentes à crise governista e urgente. 

Ao ser escolhido para ser líder do governo -na Câmara Legislativa- ele tem que ficar vigilante para que os patrícios, não tomem a sua frente sobre as questões do executivo.

 Só porque você comparou as empresas jornalísticas, com loja de sapatos- os jornalistas- que cobrem o dia-a-dia na Câmara Legislativa ficam boicotando o nobre parlamentar.

 Tenho certeza que os amigos leitores, depois dessa necessária leitura.A sua visão sobre um parlamentar governista vai mudar ou não. Será que estou falando de uma crise pontual ou existencial? Só sei que paro de filosofar por aqui. Entenderam?

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